No dia 1 de maio, a Polónia celebra vinte anos desde a adesão à União Europeia. Em entrevista à Euronews, vários jovens polacos garantem que continuam a lutar pelos seus direitos.
Duas décadas após a adesão da Polónia à União Europeia, a 1 de maio de 2004, a livre circulação ou oacesso às instituições europeias fazem parte da vida dos jovens polacos. No entanto, muitos continuam a lutar pela expansão dos seus direitos.
Em entrevista à Euronews, a jovem polaca Nadia Polisiakiewicz revelou que está a lutar pelo direito ao aborto, juntamente com outros ativistas, e que precisa de recolher um milhão de assinaturas para uma iniciativa legislativa a ser considerada a nível transnacional.
“Podemos mostrar aos homens no Parlamento, a todos esses 'boomers', que não dependemos deles, nem do facto de nos permitirem fazer um aborto ou não, porque esses abortos acontecem de qualquer forma", afirmou Polisiakiewicz.
A Europa tornou-se, nos últimos 20 anos, lugar de referência, que oferece mais conforto e melhores oportunidades aos jovens. Maja Roznicka, estudante polaca do ensino secundário, disse à Euronews que pensava mudar-se para os Estados Unidos, mas que as atuais perspetivas de vida na União Europeia fizeram-na mudar de ideias.
"Se compararmos as oportunidades e a vida nos países europeus com a dos Estados Unidos onde, por exemplo, nem todos podem pagar o ensino superior e as pessoas contraem empréstimos, aqui na Europa qualquer pessoa que tenha terminado o ensino secundário pode pagar qualquer tipo de educação, em qualquer idade”, disse Roznicka.
Apesar de também haver jovens céticos em relação à Europa, a tendêndia tem vindo a acentuar-se, essencialmente, entre os cidadãos polacos mais velhos nos últimos anos.
Cerca de 68% dos jovens polacos participaram nas eleições legislativas de outubro do ano passado. Mas permanece a dúvida sobre a mobilização se repetirá nas eleições europeias de junho, mesmo que tantos considerem que a adesão ao bloco comunitário alterou, para melhor, as perspetivas de vida no país.