Um arquiteto juntou-se a 17 famílias e nasceu a primeira cooperativa de habitação em Madrid

Acesso à habitação em Madrid é uma das maiores preocupações entre os jovens espanhóis
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Em Madrid, os preços das casas e do arrendamento subiram até 70% na útlima década, o que tem dificultado o acesso à habitação, especialmente aos mais jovens.

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O acesso à habitação continua a ser uma das principais preocupações dos jovens com menos de 35 anos, que residem ou procuram residir na capital espanhola. Para combater a subida dos preços das casas e do arrendamento, que subiram até 70% na última década, um arquiteto e 17 famílias construíram o seu próprio edifício.

Foi em 2018 que o arquiteto espanhol Iñaki Alonso e as restantes famílias deram o primeiro passo e criaram a primeira cooperativa de Madrid, conhecida por Entrepatios. O edíficio, que conta com espaços comuns e pontos de encontro para os vizinhos, permite que os habitantes usufruam de apartamentos com dois quartos por cerca de 650 euros por mês.

"Com este tipo de projetos, garantimos a estabilidade dos preços porque ninguém pode vender a sua casa. Não podem aumentar a renda, subarrendar ... e o preço dos apartamentos mantém-se estável", disse Alonso, em entrevista à Euronews.

Para tentar dar resposta aos problemas de habitação, sobretudo em Madrid, no início de abril o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que o governo pretende suprimir a medida aprovada pelo Partido Popular em 2013, que concedia vistos aos estrangeiros, bem como residência permanente a quem comprasse imóveis no país.

Já em pré-campanha para as eleições europeias de junho, o executivo espanhol fez da habitação uma prioridade; à esquerda, a habitação acessível será precisamente um dos pontos principais para conquistar os eleitores mais jovens.

Espanha considera mesmo importar o esquema das associações de habitação, um modelo sem fins lucrativos que provou ser eficaz em cidades como Viena: na Áustria, o número de habitações a preços acessíveis é de 20%, contra 2% em Espanha.

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