Rússia mantém vaga de bombardeamentos sobre leste da Ucrânia

Destruição causada pelos bombardeamentos russos no leste da Ucrânia
Destruição causada pelos bombardeamentos russos no leste da Ucrânia Direitos de autor Efrem Lukatsky/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Sloviansk, Kherson e Dnipro foram bombardeadas entre domingo e esta segunda-feira. Ataques incidiram sobre prédios residenciais e infraestruturas energéticas, provocando dezenas de feridos e cortando a distribuição de gás. Estados Unidos dizem que vão garantir segurança da região do Mar Negro.

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Um ataque áereo russo ao centro de Sloviansk, na manhã desta segunda-feira, abriu um buraco em frente a um edifício de cinco andares, danificando as comunicações e interrompendo o abastecimento de gás em 85 apartamentos.  Não há registo de mortos ou feridos. 

O tipo exato de arma utilizada no ataque com mísseis ainda não foi determinado. As lojas do edifício foram destruídas, sendo que a Escola de Artes da cidade também foi atingida. 

Bombardeamento noturno em Kherson

O exército russo continua a atacar a margem direita da região de Kherson, tendo atingido 12 localidades. Este domingo, os bombardeamentos russos causaram estragos em edifícios residenciais, infraestruturas críticas e condutas de gás. Não foi reportada qualquer morte.

Uma jovem de 16 anos, residente na aldeia de Kizomys, ficou ferida depois de ter sido atingida por estilhaços das explosões e teve de ser internada no hospital.  

Algumas famílias não estavam em casa durante os ataques e escaparam às consequências das explosões. 

Dezenas de casas destruídas em Dnipro

Este domingo, a Rússia atacou com drones o centro da cidade de Dnipro e a comunidade de Chervonogryhorivska fizeram 13 feridos, entre eles uma criança, e destruíram cerca de 35 casas particulares. Foi prestada ajuda psicológica a 12 pessoas, incluindo duas crianças. Também não há relato de quaisquer mortes.

A Força Aérea ucraniana reportou o uso de armas balísticas. Foram danificados 11 carros e uma linha de eletricidade.

Estados Unidos prometem garantir segurança do Mar Negro

O Secretário de Estado norte-americano garantiu, esta segunda-feira, aos países do Mar Negro que podem contar com o apoio dos Estados Unidos para tornar a região mais segura.

Numa intervenção por vídeo na Segunda Conferência de Segurança do Mar Negro em  Sófia, na Bulgária, Anthony Blinken sublinhou a importância de investir na segurança da região para garantir a paz e a liberdade em toda a Europa.

"Putin acreditava que os vizinhos da Ucrânia na região estariam divididos, mas ele estava errado", afirmou Blinken, acrescentando que os Estados Unidos manterão o apoio à Ucrânia.

Kiev renova pedido de armas e munições

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, vincou que Kiev necessita de mais apoio militar, incluindo artilharia, munições e sistemas de defesa aérea. 

Kuleba, que também falou através de vídeo, disse que o aumento das capacidades da defesa aérea ucraniana também reforçará a estabilidade regional e global, uma vez que permitirá proteger a segurança dos vizinhos da Ucrânia e de toda a região do Mar Negro.

"Hoje em dia, não há outra linguagem que Moscovo compreenda melhor do que a linguagem da força. É isso que eles respeitam, tudo o resto é visto como uma fraqueza", declarou Kuleba.

O chefe da diplomacia ucraniana referiu ainda que o Mar Negro deve tornar-se "o mar da NATO, da paz e da estabilidade", apelando à NATO para que implemente "uma estratégia abrangente e ambiciosa do Mar Negro, destinada a reduzir a influência maligna da Rússia".

A conferência é co-organizada pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Bulgária e da Ucrânia, em parceria com o Centro de Estratégias de Defesa da Ucrânia, e tem por objetivo reforçar a segurança na região do Mar Negro.

A Bulgária, a Geórgia, a Roménia, a Rússia, a Turquia e a Ucrânia são banhadas pelo Mar Negro.

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