Os submarinos da classe Rubis, construídos nos anos 80, estão a ser retirados da marinha francesa e a ser substituídos por modelos mais recentes.
Os jornalistas tiveram um raro acesso a um dos submarinos nucleares franceses da classe Rubis, enquanto este estava a ser preparado para o mar nos estaleiros navais de Toulon.
A frota de submarinos nucleares da marinha francesa está geralmente envolta em secretismo.
Este é um dos três submarinos de ataque da classe Rubi da marinha francesa e transporta uma tripulação de 70 pessoas.
É alimentado por um reator nuclear, pelo que pode patrulhar o oceano durante meses sem reabastecer.
O Rubis pode transportar torpedos e mísseis antissubmarinos e antinavio. Uma das funções é proteger a frota de submarinos de maiores dimensões com armas nucleares, dos quais França possui quatro.
Explica Manuel Bienvenu, comandante do submarino: "Somos um submarino nuclear de ataque. Isso significa que temos propulsão nuclear, como referi anteriormente. Portanto, temos todas as vantagens da propulsão nuclear. Mas temos a missão convencional dos submarinos, ou seja, guerra antissubmarina, guerra antissuperfície, recolha de informações e trabalho com forças especiais - mas não temos armas nucleares a bordo deste tipo de submarino".
Este submarino irá escoltar o porta-aviões Charles de Gaulle numa operação no Mediterrâneo com a NATO.
"Há duas operações da NATO em que o grupo de ataque de porta-aviões está a participar e das quais nós vamos fazer parte - Neptune Strike e Noble Shield. São missões permanentes da NATO no Mediterrâneo e são uma garantia da NATO, na qual participaremos como membro da escolta do grupo de ataque de porta-aviões, diz Bienvenu.
Mas os dias da classe Rubis estão contados. A marinha francesa está a substituí-los por submarinos nucleares mais recentes, mais modernos e mais fortemente armados. Três já foram retirados, o que representa metade da frota.
O primeiro dos novos submarinos de ataque da classe Suffren está em serviço desde junho de 2022 e outros quatro juntar-se-ão à frota até 2030.